A história do Paysandu começou em outra agremiação, o Norte Club, também chamado de Time Negra, em 1913, no Campeonato Paraense.
Naquele ano, o Norte Club estava na disputa pelo título do Campeonato Paraense e iria enfrentar o Guarany, se vencesse, iria disputar uma partida extra contra o Grupo do Remo. A partida foi realizada no dia 15 de novembro e terminou empatada em 1 a 1. Sagrando o Remo campeão estadual.
Integrantes do Norte Club não ficaram satisfeitos com o resultado da partida contra o Guarany e resolveram recorrer a Liga Paraense de Foot-Ball solicitando a anulação da partida por diversas irregularidades. A Liga julgou improcedente o recurso e validou o resultado do jogo. Integrantes do Norte Clube não ficaram satisfeitos com a decisão e resolveram fundar uma outra agremiação. Hugo Manoel de Abreu Leão, jogador do Norte Club, liderava o movimento e integrantes do Grupo do Remo tentaram persuadi-lo a desistir da ideia convidando-o para a agremiação deles, porém Hugo Leão repeliu o convite imediatamente e do terraço do Grande Hotel disse “vou fundar um clube para superar o Grupo do Remo”.
No dia 2 de fevereiro de 1914, dia da fundação do Paysandu, o jornal O Estado do Pará convidava desportistas para a fundação de uma nova agremiação. Apareceram na reunião 42 desportistas, muitos do Norte Clube, na casa 22 da rua dos Pariquis, residência de Abelardo Conduru.
Hugo Leão foi escolhido pela assembleia para presidir os trabalhos e logo sugeriu que o nome da nova agremiação deveria se chamar Paysandu Foot-Ball Club. O nome seria uma homenagem a “tomada de Paysandu”, em 1865, um dos conflitos da Guerra do Uruguai, na qual o Brasil participou apoiando integrantes do Partido Colorado enfrentando o Partido Blanco. Apenas 17 dias depois o nome deixou de ser “Foot-Ball Club” para Paysandu Sport Club, como é até hoje.