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Opinião: a periferia faz falta no Baenão. Como será na Curuzu?

Foto: Bruno Chaves/Portal Re-Pa

Em meio a crise econômica que vivemos, o preço do ingresso reflete diretamente no estilo de torcedor que está na arquibancada. Com o ingresso no mínimo a 120 reais a inteira, a maioria das pessoas que vão ao estádio são da classe A e B, que parecem estar assistindo um jogo na Europa. Gritam quando sai gol e cantam por 30 segundos depois de um ataque perigoso do seu time.

Contra o Coritiba pouco se ouvia a torcida do Remo gritando e apoiando o time, diferente de jogos de antes da pandemia que o Fenômeno Azul incendiava o Baenão.
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Semana que vem será a torcida do Paysandu que volta ao estádio. A estratégia do clube é diferente e foca totalmente no sócio torcedor, inclusive até baixou o valor das mensalidades. Se ainda tiver vaga vai abrir para o público geral e o ingresso também será caro. Não tem como escapar. As despesas são altas.

Os clubes não tem culpa. Apenas 30% da capacidade dos estádios está liberada. O Remo teve um pequeno prejuízo no jogo passado mesmo com o ingresso a 140 reais, o prejuízo foi maior agora quando resolveu baixar um pouco o valor do bilhete.

Mas fica aqui a reflexão. Quem faz a arquibancada tremer, quem apoia o time os 90 minutos é o torcedor da periferia, dentro ou fora das organizadas. Aquele torcedor que muitas vezes nem tem uma camisa original do clube, mas está no estádio sempre que pode para gritar, xingar e cantar até o fim do jogo em apoio ao seu time do coração.

Por Bruno Chaves

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